quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Política e Poesia... Azeite e Água. Mário Celso.



“... Davi, aquele da bíblia, além de poeta era também político...” Disse-me, enquanto tomávamos chá numa tarde outonal na varanda de sua casa; meu amigo político e poeta, eloquente e conceituado em sua política honesta e justa... Eu o destacava pelos versos e prosas que escrevia... Mais poeta que político, saudoso amigo, se foi, não mais tomaremos chávenas de chá nas tardes de outono, nem tão velho e nem tão moço, meu amigo partiu. Seus poemas, poesias, prosas e contos, ficaram marcados, até os guardei na memória e, alguns  declamei, outros, eu os utilizei em monólogos e peças de teatro... Davi, bem, este pessoalmente não conheci, mas sua história e os salmos que escreveu; ainda bem pequeno nas classes de escola bíblica dominical, era a matéria preferida. Meu amigo tinha lá suas razões... Mas, eu não consigo ligar poesia e política, penso que nos dias de Davi havia esta possibilidade, porém, hoje é impossível, até tentei mas minha decepção e amargura começaram a tomar conta e matar o sentimento que mais prezo, comecei a sentir o desfalecimento de minha lira... O desafinar de minha harpa.

Não mais hei de me importar, me farei surdo às palavras solenes de embevecidos políticos, não permitirei que de meus lábios saiam palavras amargas que entristeçam e destoe a melodia de minha poesia... Continuarei me deslumbrando com as flores, com o sorriso inocente dos infantes... Poesia encanta... Política... Não! Me nego a dedilhar palavras pejorativas para uma das mais nobres e belas ciências quando exercida por homens e mulheres de caráter e brio.

“Tão simples como as pombas é o meu amor, tão simples como os cantares de Salomão.. No entanto distante de mim os cedros do Líbano, longe bem longe as torrentes de Cedrom, a sombra das Oliveiras e os Jardins Suspensos da Babilônia... A simplicidade é a mesma, mas a paisagem é bem outra...” Em um momento de reencontro com a poesia, foi justamente isto que meu amigo poeta escreveu, disse mais ele: “...Pode nem haver lua, pode nem haver estrelas, pouco importa, o amor de um  poeta é simples e fala baixinho, também acha graça daqueles que falam muito e não dizem nada, ou dos outros que levantam a cabeça e caminham em passos de batalha...”  

Não mais escreverei uma frase que seja a respeito dos políticos que se dizem brasileiros... Eles e suas injustiças, desrespeitos e pouco caso ao povo humilde que os respeita... Tenho entregue, em meus momentos de reflexão, nas mãos do poderoso Deus. No momento certo Sua justiça será sentida e com certeza pesará Sua mão... É na justiça do eterno Deus que deposito minha esperança... Quanto a mim, prometo não mais me sujar nesta lama em que vivem alguns politiqueiros desta minha amada nação... Continuarei escrevendo coisas que encantem e alegrem a vida e, em minhas orações, pedir ao Criador que dê forças e sabedoria aos poucos cidadãos honestos, de brio e honra que tentam colocar num rumo digno e merecedor, a ciência da política..
 

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