Perguntam o
que acontecerá com a poesia no ano 2000. É uma pergunta difícil. Se esta
pergunta me assaltasse num beco escuro me levaria um susto de - Pai e Senhor
meu! Porque o que sei eu do ano 2000? Do que estou seguro é de que não se
celebrará o funeral da poesia no próximo século.
Em cada época deram por morta a poesia,
mas ela se vem demonstrando vitalícia, ressuscita com grande intensidade,
parece ser eterna. A
poesia acompanhou os agonizantes e estancou as dores, conduziu às vitórias,
acompanhou os solitários, foi ardente como o fogo, ligeira e fresca como a
neve, teve mãos, dedos e punhos, teve brotos como a primavera: Fincou raízes no
coração do homem.
sábado, 31 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Política e Poesia... Azeite e Água. Mário Celso.
“... Davi, aquele da bíblia, além de poeta era também político...” Disse-me, enquanto tomávamos chá numa tarde outonal na varanda de sua casa; meu amigo político e poeta, eloquente e conceituado em sua política honesta e justa... Eu o destacava pelos versos e prosas que escrevia... Mais poeta que político, saudoso amigo, se foi, não mais tomaremos chávenas de chá nas tardes de outono, nem tão velho e nem tão moço, meu amigo partiu. Seus poemas, poesias, prosas e contos, ficaram marcados, até os guardei na memória e, alguns declamei, outros, eu os utilizei em monólogos e peças de teatro... Davi, bem, este pessoalmente não conheci, mas sua história e os salmos que escreveu; ainda bem pequeno nas classes de escola bíblica dominical, era a matéria preferida. Meu amigo tinha lá suas razões... Mas, eu não consigo ligar poesia e política, penso que nos dias de Davi havia esta possibilidade, porém, hoje é impossível, até tentei mas minha decepção e amargura começaram a tomar conta e matar o sentimento que mais prezo, comecei a sentir o desfalecimento de minha lira... O desafinar de minha harpa.
Não mais hei de me importar, me farei surdo às palavras solenes de embevecidos políticos, não permitirei que de meus lábios saiam palavras amargas que entristeçam e destoe a melodia de minha poesia... Continuarei me deslumbrando com as flores, com o sorriso inocente dos infantes... Poesia encanta... Política... Não! Me nego a dedilhar palavras pejorativas para uma das mais nobres e belas ciências quando exercida por homens e mulheres de caráter e brio.
“Tão simples como as pombas é o meu amor, tão simples como os cantares de Salomão.. No entanto distante de mim os cedros do Líbano, longe bem longe as torrentes de Cedrom, a sombra das Oliveiras e os Jardins Suspensos da Babilônia... A simplicidade é a mesma, mas a paisagem é bem outra...” Em um momento de reencontro com a poesia, foi justamente isto que meu amigo poeta escreveu, disse mais ele: “...Pode nem haver lua, pode nem haver estrelas, pouco importa, o amor de um poeta é simples e fala baixinho, também acha graça daqueles que falam muito e não dizem nada, ou dos outros que levantam a cabeça e caminham em passos de batalha...”
Não mais escreverei uma frase que seja a respeito dos políticos que se dizem brasileiros... Eles e suas injustiças, desrespeitos e pouco caso ao povo humilde que os respeita... Tenho entregue, em meus momentos de reflexão, nas mãos do poderoso Deus. No momento certo Sua justiça será sentida e com certeza pesará Sua mão... É na justiça do eterno Deus que deposito minha esperança... Quanto a mim, prometo não mais me sujar nesta lama em que vivem alguns politiqueiros desta minha amada nação... Continuarei escrevendo coisas que encantem e alegrem a vida e, em minhas orações, pedir ao Criador que dê forças e sabedoria aos poucos cidadãos honestos, de brio e honra que tentam colocar num rumo digno e merecedor, a ciência da política..
terça-feira, 20 de agosto de 2013
De Cima - Pr. Samuel de Souza

Na voz de Cristo, a frase: "Vim de Cima",
revela o Seu poder de Deus eterno.
De todo o Seu ensino ela colima
como palavra lapidar, sem termo
Não há no mundo uma outra voz que imprima
mais amor que a do Cristo sempiterno,
voz que é do alto, santa, peregrina...
Voz que nos vem do coração mais terno.
Quando Cristo nos diz: "Eu Sou de Cima",
é claro que nos diz verdade eterna
fundamental! E quando nos ensina!
Quando Cristo nos diz: "Eu vim de Cima",
Ele nos põe, no coração, a fé,
Ele nos dá declaração divina!
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Ferido - Mário Celso Rodrigues
Ferido todos os dias é o que todos somos nesta desigual batalha, guerra inglória, luta diária. Prantos de alguns alimentando a falsa alegria de outros que não conseguem sentir a queda de suas máscaras, máscaras da felicidade passageira que também hão de se tornar lágrimas que regarão um pranto confuso por não saberem que destino tomar...
Assim é da alvorada ao crepúsculo vespertino de mais um dia que se vai... E o cansaço abate, a tristeza tortura... A alma geme. Nos recolhemos na incerteza de um novo despertar.
Não importa onde possamos estar, se, fugindo da noite gelada sob vestes rôtas, ou, aquecido por pesadas mantas... O coração continua oco e a alma vazia... Nada preenche... É preferível morrer.
O pensamento confuso entra em desespero... Morrer... E, depois como há de ser? Vira-se de um para outro lado, debaixo da marquise o frio tortura... No quarto aquecido o sono não faz a tão esperada visita.
... No criado mudo, surrada pelo uso uma Bíblia repousa... Na calçada suja e imunda de uma marquise qualquer, um servo, tão somente servo, compadecido se inclina...
Não importa a condição social, a luta de todos os dias é uma batalha desigual... Mas as palavras proferidas por Jesus Cristo, não importando a condição em que se está; nos levanta, renova nossas forças, nos aquece e enche-nos, nos dando prazer no viver... As lutas, estas hão de continuar - o mundo jaz no maligno - mas sairemos vitoriosos... Nem mesmo morremos, pois temos a certeza de que nos céus Ele nos aguarda para nos galardoar.
Assim é da alvorada ao crepúsculo vespertino de mais um dia que se vai... E o cansaço abate, a tristeza tortura... A alma geme. Nos recolhemos na incerteza de um novo despertar.
Não importa onde possamos estar, se, fugindo da noite gelada sob vestes rôtas, ou, aquecido por pesadas mantas... O coração continua oco e a alma vazia... Nada preenche... É preferível morrer.
O pensamento confuso entra em desespero... Morrer... E, depois como há de ser? Vira-se de um para outro lado, debaixo da marquise o frio tortura... No quarto aquecido o sono não faz a tão esperada visita.
... No criado mudo, surrada pelo uso uma Bíblia repousa... Na calçada suja e imunda de uma marquise qualquer, um servo, tão somente servo, compadecido se inclina...
Não importa a condição social, a luta de todos os dias é uma batalha desigual... Mas as palavras proferidas por Jesus Cristo, não importando a condição em que se está; nos levanta, renova nossas forças, nos aquece e enche-nos, nos dando prazer no viver... As lutas, estas hão de continuar - o mundo jaz no maligno - mas sairemos vitoriosos... Nem mesmo morremos, pois temos a certeza de que nos céus Ele nos aguarda para nos galardoar.
sábado, 17 de agosto de 2013
MARCHANDO - Mário Celso Rodrigues
Marchando por sobre a ponte
ansioso visando a outra margem, não me importo com os que, em retaguarda,
buscam me impedir a conquista, o horizonte é promissor.
A caminhada tem sido longa,
obstáculos intransponíveis em um primeiro olhar; mas seguro, marchando, num
segundo momento ultrapasso sem nem mesmo notar. Confesso, tristezas me acompanham neste árduo caminhar
e, por vezes, quase me fazem voltar, parar e não mais lutar... Em meio a jornada descobri redobrar minhas forças após o ajoelhar, não há nisto nenhuma
humilhação, nesta atitude e no alçar de minha voz clamo a quem tudo criou e
que, no controle de todas as coisas se encontra, como furacão indomável sigo caminhando... Marchando... Correndo ao encontro em
busca do alvo.
Abaixo de meus pés as águas se
avolumam e desgovernadas por entre rochas correm... Nem mesmo os destinos lhes
são de direito o saber... Os oceanos lhes aguardam e em rochosas praias de
continentes outros, hão de se aquietar de suas fúrias, se consciências tivessem
se lembrariam da calma de seus nascedouros.
Sei que tenho um futuro traçado por aquEle que
me criou, tenho um horizonte brilhante
mesmo se agora assolado possa ser por alguma dor... Marchando por sobre a
ponte, abaixo de meus pés as águas revoltosas por entre rochas escuras tentam
me inibir, e, seus sussurros dizem para eu desistir.
Assinar:
Postagens (Atom)