
Destinos
onde nos aguarda a supremacia do amor adornada por rubras rosas... Então somos
conduzidos pelas mãos ao enlevo da canção... Em cada nota uma emoção,
sentimento de paz que toma conta do coração.
De mãos dadas, meus sentimentos,
a imaginação e a canção... Saltitando pela relva ainda úmida pelo orvalho
seguimos em direção ao horizonte onde desponta o sol, que levantando por entre
os montes, nos diz bom dia com vigor e calor que aquece e arde no coração... Doce
ardor, manso calor, apresso os passos, preciso acompanhar a imaginação que
acelera puxada pelo sentimento... A canção nos ajuda em seu allegro, por
momentos no moderato nos pede calma... Ansiosos... Eu, a imaginação e o
sentimento... Queremos chegar... Allegro, allegro, o coração salta a canção nos
acalma e, como uma orquestra... Pianos, violinos... Se juntam também os
pássaros, a melodia das águas sussurrando no leito do riacho e as muitas folhas
e as muitas flores de Ipês roxo, amarelos e brancos colorindo a sinuosa trilha
que me leva ao encontro.
Sinto nos pés descalços o confortante frescor
das águas, por sobre as pedras saltitando vou ao encontro daquela que a
imaginação criou, que o meu sentimento aprovou... Estava próximo ao destino
certo, destino de meu amor.
Na outra margem, pista de terra batida ladeada por
roseiras e seus rubros botões... Em lenta cadência, como em um prelúdio... Debruçada
sobre o manche... O suave, o doce encanto de seus olhos me seguia, e, enquanto
as hélices giravam... Ganhando altura... Abaixo bem abaixo a paisagem me
encanta, no peito o coração já bem mais calmo se entrega aos olhares daquela
que a ele também comanda. Vezes outras, desencontros, desvios de atenções...
Comando, painel e horizonte... Num repente, nossos olhos se encontravam e então
nos amávamos enquanto as hélices giravam.
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