sábado, 19 de outubro de 2013
Minha Oração (ARGUMENTO DO SALMO 86) - Pr. Samuel de Souza
Ouve, Senhor, a súplica sentida
deste servo que é Teu e que carece
da Tua mão, a forte segurança.
Que Te procura nesta humilde prece:
Sê Tu, Senhor, o meu refúgio eterno,
do meu pecado, ó Deus,
mesmo que houvesse,
algum que se avultasse tanto em fel,
submisso peço, ó Pai, dele te esquece!
Na angústia, clamarei a Ti, Senhor!
Tu, que és, em mim, a rocha sempre firme,dá-me da Tua graça, o doce olor...
Esta oração que brota de minh'alma
é puro incenso posto sobre o altar,
altar do Teu amor, sem linda palma.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Aviação - Lásara Freitas (mãe de um Cmte.)
Aviação
Foto: www.kerovoar.com.br
Posso dar-lhe de presente,
um aviãozinho...
Não importa o tamanho,
pois não sabes pilotar...
Porém, podes voar nas asas do “espírito”,
e
da presença de Deus desfrutar.O que não podes é ficar no chão.
Empreenda
a íngreme subida, rumo à perfeição.
Certo
que Jesus nos chama a subir,mesmo que seja passo a passo, confiando nÊle só,
descansando em seus braços.
É
que uma luz sem par, segue o seu caminho.
A luz que só vem ao andar com Jesus.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Jesus gostou tanto daqui que quis voltar e ficar - Alex Carrari
Alguns místicos, que não deixaram nada escrito,
consideram que Jesus não chegou a penetrar
as mais altas repartições do céu
para ficar eternamente alerta/pontualmente interferente,
como pensamos e queremos, depois de ser elevado do chão.
Talvez tenha subido longe o suficiente e ficado atrás de alguma nuvem
e à hora que a aglomeração que, absorvida fitava sua subida, se dissipou,
ele ligeiramente voltou a ficar por aqui,
sem que os importantes o soubessem.

querendo puxar assunto, numa reunião entre amigos apavorados
quis comer qualquer coisa e lhe deram peixe e mel,
e se lembrou, pelo cheiro e pelo gosto, das delícias dos sentidos...
(de existir-se, gente).
Ao voltar na ressurreição devia estar mesmo faminto,
por isso foi à casa dos amigos.
Deve ter mesmo pensado em comer um bom peixe
como fez em tantas casas quando se oferecia como visita
para comer e beber, dançar e quem sabe em último caso, pregar.
quando atuava – antes de morrer – como ungido de Deus.
Ele adorou.
Quando algum desavisado percebeu quem era aquele que dançava feito Deus
e tinha histórias muito de gente, chegou para Jesus e disse:
“Sei quem és, O Santo de Deus”.
Jesus solicitou para que não contasse a ninguém, muito menos aos religiosos,
para não estragarem tudo, pois, até acreditariam que ele ressuscitou, mas daí, sem menos nem mais, voltar a ficar por aqui dançando, comendo e contanto história, seria motivo para um segundo inquérito, só que dessa vez a pena capital seria pior que a morte (pior ao menos para ele, pelo pouco que dele se conta enquanto gente).
explicar o que fazia ele na terra depois de ressurreto
tendo o céu por herança.
Ao que Jesus respondeu, mostrando as marcas dos pregos nos pulsos e nos calcanhares e da lança no lado:
Então, o que o reconhecera reforçou o convite beijando-lhe as mãos:
“Chegue-se mais e sirva-se, caro irmão,
visto que é um dos nossos por nascer como nascemos,
receber as marcas que temos, viver como vivemos e gostar do que gostamos”.
as mais altas repartições do céu
para ficar eternamente alerta/pontualmente interferente,
como pensamos e queremos, depois de ser elevado do chão.
Talvez tenha subido longe o suficiente e ficado atrás de alguma nuvem
e à hora que a aglomeração que, absorvida fitava sua subida, se dissipou,
ele ligeiramente voltou a ficar por aqui,
sem que os importantes o soubessem.

Há razão em ele ter querido voltar a ficar por aqui,
quando depois de reviver de três dias do sono da morte,querendo puxar assunto, numa reunião entre amigos apavorados
quis comer qualquer coisa e lhe deram peixe e mel,
e se lembrou, pelo cheiro e pelo gosto, das delícias dos sentidos...
(de existir-se, gente).
Ao voltar na ressurreição devia estar mesmo faminto,
por isso foi à casa dos amigos.
Deve ter mesmo pensado em comer um bom peixe
como fez em tantas casas quando se oferecia como visita
para comer e beber, dançar e quem sabe em último caso, pregar.
Os mesmos místicos acham que logo que voltou de trás de alguma nuvem,
em surdina, para que ninguém quisesse segui-lo de novo e começar tudo de novo, foi, sem alarde, passando e ficando em muitas casas, onde viviam os curados, os purificados, os libertados e os dignificados, por ele restaurados quando atuava – antes de morrer – como ungido de Deus.
Com estes refez memórias, repassou lembranças, aceitou água para os pés.
E passava, dizem, horas infindas comendo e bebendo, dançando e contando histórias engraçadas suas sobre o que fazia da vida antes dos trinta, e ouvia arrebatado as histórias dos outros, em muito iguais as suas.
Numa dessas casas ofereceram pão, peixe e de novo mel.
E seguiu-se a dança, o vinho e o pão.Ele adorou.
Quando algum desavisado percebeu quem era aquele que dançava feito Deus
e tinha histórias muito de gente, chegou para Jesus e disse:
“Sei quem és, O Santo de Deus”.
Jesus solicitou para que não contasse a ninguém, muito menos aos religiosos,
para não estragarem tudo, pois, até acreditariam que ele ressuscitou, mas daí, sem menos nem mais, voltar a ficar por aqui dançando, comendo e contanto história, seria motivo para um segundo inquérito, só que dessa vez a pena capital seria pior que a morte (pior ao menos para ele, pelo pouco que dele se conta enquanto gente).
A pena: ser aclamado em praça pública como Deus.
Chegando mais perto o que o reconhecera, impôs uma condição
para não espalhar a notícia do santo reconhecimento;explicar o que fazia ele na terra depois de ressurreto
tendo o céu por herança.
Ao que Jesus respondeu, mostrando as marcas dos pregos nos pulsos e nos calcanhares e da lança no lado:
“O que faz um corpo no céu com estas marcas de ter existido?
Lugar de corpo marcado é na terra, por que dela nasceu e dela as recebeu,
assim como dela nasceu e nela vive tudo de que mais gosto”. Então, o que o reconhecera reforçou o convite beijando-lhe as mãos:
“Chegue-se mais e sirva-se, caro irmão,
visto que é um dos nossos por nascer como nascemos,
receber as marcas que temos, viver como vivemos e gostar do que gostamos”.
Os místicos que acreditam nessa história dizem que nessa ocasião Jesus ensopou o pão no mel e o cinzelou no peixe, com um sorriso no canto da boca e os olhos marejados, abençoou-os e orou:
“nunca fui tão feliz como agora”.
Rastro breve - Alex Carrari
Rastro breve
Nas inglórias que me pertencem,
medito sozinho no mundo
contando só com a injúria e a divina sorte
de ter nascido carne e sangue.
Medito na divina sorte de viver
carne, sangue e imaginação.
O rastro breve que deixo neste chão abreviado,
a contagem incerta dessas horas tíbias
nessa tarde fria,
o registro na memória dessa tarde
que se arrasta no asfalto,
são testemunhas mudas
do vão conhecimento que tento juntar.
Cada um tem a medida do profundo sentido
das ruínas de si mesmo.
Cada um tem de conviver com a sensação
de que o gesto mais virtuoso de si mesmo
ainda não foi criado (se é que será)
Cada um tem de cumprir inconsciente
o resguardo dos próprios sonhos
sob pena de ser considerado anátema,
(sonhos são portas de mitos,
jardins de sobressaltos,
fortalezas precárias,
envergadura de fé).
Nessa tarde em que o céu elabora
um longo fim de cobre
em uma alquimia calada.
Nessa tarde em que o céu
gasta mais um de seus mistérios ardentes.
Nessa tarde a vida vem e vai,
se alonga e se estreita,
se aclara e se faz sombra,
e me arrasta até onde se conserva
a solidão pioneira, na lembrança.
Essa tarde já é passada,
e a pressa do tempo é inclemente
em fossilizar seus caprichos voláteis.
Mesmo assim teimo em meditar no mundo
que comporta essa tarde que já é passada.
Aqui está a paz, eu a sustento com os olhos,
dela retiro substância
e teço um oráculo do meu destino,
enquanto seu vento de inverno
queima os contornos do meu rosto.
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