quarta-feira, 10 de setembro de 2014

HABACUQUE - Israel Belo de Azevedo

                                            
                                          
  
Ainda que a vida hoje não floresça,
partida por perda que traz do abismo a beira,
roída na raiz pela dor da doença,
que prontidão atenta e absoluta requeira.

                  Ainda que entre os meus, a dissonância cresça,
                  minha alma se seque como estéril figueira.
                  Do que tenho apenas reste uma rala esteira,       
                  e meu próximo momento eu não conheça.

Eu orarei ao Pai para que me sustenha,
eu esperarei que seu sustento me venha,
até que Ele me sussurre suas respostas.

                  Porque sei que toda a minha angústia Ele sente,
                  porque sinto que comigo Ele está presente,
                  Eu agora me lanço sobre suas costas.

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