sexta-feira, 28 de junho de 2013

O Velho poeta - Elton Nobreza

                                            


                                                                        
 
Voz grossa, cabelos grisalhos.
É ele o velho Mário.
Mente barulhenta e pensante a beça,
claro que é. É ele o velho Mário.
Contador nato de grandes histórias,
historiador com muitas memórias.
Apaixonado por grandes máquinas voadoras,
quase um piloto de tão sábio.
É ele o bom e velho Mário

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Relato ao Rei de quem sou Embaixador



Não me importa se lá fora... No congresso ou no planalto... Nas ruas da cidade ou na capital de algum país capitalista e poderoso a bomba esteja pronta e o estopim chegando ao fim. Por mais que eu queira falar de amor, não serei ouvido, a ganância pelo poder suplanta aos meus gritos... Minhas lágrimas em ver a injustiça imperar não irão mover seus sentimentos.
Então, onde estou, em quarto humilde e tosco que considero meu bangalô, meus joelhos dobro e entrego estas causas nobres, nas mãos do meu Senhor... Não há rei que resista, não há nação que não se dobre, não há coração que não se triture e, eu, alegre continuo cumprindo o papel de Embaixador... Embaixador do Rei. O SOBERANO CRIADOR.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

" A CARIDADE"

Em minhas meditações, voltei aos meus tempos de criança... Dos momentos que minha mãe ou meu pai, que nada entendiam de psicologia, por alguma travessura precisavam me corrigir; confesso que senti saudades de meus tempos de "moleque". Levei umas poucas varadas, fui colocado de castigo por algumas vezes, outras, era duramente chamado a atenção... E então  volto a dizer que sinto saudades dos meus tempos de "guri", sinto saudades do carinho de minha mãe que dizia estar fazendo aquilo - me repreendendo - por que me amava, sinto saudades de meu pai me ensinando a pedir desculpas, sinto saudades da sabedoria dos dois que desconheciam as ciências modernas de se educar filhos.
Mesmo com pouco conhecimento das letras... Sempre e sempre, ouvia, quieto sentado em um banquinho o capítulo treze do primeiro livro de Coríntios, não entendia, hoje entendo o filete de lágrima que escorria dos olhos de minha mãe enquanto lia.
A emoção que neste instante toma conta de mim, fez-me procurar um poema que fala deste amor incondicional descrito pelo apóstolo Paulo neste texto...
... Meu saudoso amigo e poeta Gióia Jr. numa inspiração celeste escreveu " A caridade". Vejam que sublimidade a descrição do verdadeiro amor.
                    
Se eu soubesse falar a linguagem dos santos
e a dos homens também; se dons tivesse tantos...
não tendo caridade, os mais preciosos dons
seriam como o bronze a desfazer-se em sons;
como um címbalo estranho, eu louco vibraria.
Se a mim me fosse dado o dom da profecia;
se a minha poderosa e viva inteligência
retivesse em seu cofre os mistérios da ciência;
seu eu tivesse em meu peito a fé viva e sagrada,
não tendo a caridade, eu não teria nada.

Se, em gesto de renúncia, em atitudes nobres,
meus haveres, meus bens eu desse para os pobres;
se, em sacrifício ideal e intenção verdadeira,
entregasse o meu corpo à lágrimas da fogueira,
porém, sem caridade, em maneira impensada,
minhas dores cruéis não valeriam nada.

Longânime e benigna e sem jactância e sem
esse ar sacrificial e sofredor de quem,
oferecendo, busca, e, ofertando, deseja,
ela é sem interesse e também sem inveja.
Não se ira, não suspeita a santa caridade,
abomina a injustiça e proclama a verdade.
Seu seio é, para o bem, o mais precioso cofre;
tudo suporta, crê, espera e tudo sofre.
Se existe profecia, o seu dia aparece
e ela se cumpre. É como a flor, vive e fenece;
se existe língua, um dia, arde como os incêndios,
e outro dia, se faz nas cinzas dos compêndios.

A ciência é um edifício, um mundo que desaba,
porém a caridade, essa jamais se acaba!
Em parte vemos hoje e expomos o conceito,
mas um dia virá em que, tudo perfeito,
o que hoje o mundo vê de um modo parcial,
amanhã, poderá ver na forma total...
Um dia eu fui menino, o mundo pequenino
que eu via era somente um mundo de menino...
Hoje compreendo mais e desde que, sereno,
meço e observo, deixei as coisas de pequeno.
Hoje é como se a nossa ilusão se espelhasse,
mas um dia, porém, veremos face a face.
E o que conheço em parte (a parte que hei vivido)
conhecerei por fim, como fui conhecido.
Se ainda os homens estão corajosos, de pé,
devemos à Esperança e à Caridade e à Fé.
Permanecem as três virtudes, na verdade,
mas a maior das três se chama: "A Caridade"!