sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Uns querem as palavras - Gióia Jr.
Uns querem as palavras solenes,
outros vestem as frases com recursos ridículos,
outros não sabem o que dizem,
outros ainda são tragicamente irônicos...
Abandonei tudo,
andava em péssima companhia...
Amo, e o meu amor não vem com exércitos e bandeiras
e clarins e tambores e fumaça e gritaria...
O meu amor vem simples como as pombas,
simples como os Cantares de Salomão,
longe de mim todavia, os cedros do Líbano,
as torrentes de Cedrom, a sombra das Oliveiras
e os Jardins Suspensos da Babilônia...
A simplicidade é a mesma,
mas a paisagem é bem outra...
Embaixo de uma lua tropical,
de milhares de estrelas que não dizem nada
nem tampouco insinuam,
às vezes também sem estrelas e sem lua, pouco importa,
o nosso amor é simples e fala baixinho...
Acha graça daqueles que falam muito e não dizem nada,
ou dos outros que levantam a cabeça e caminham em passos de batalha,
ou dos outros que têm medo...
Tem pena dos que não se fazem compreender,
dos que não são felizes...
Na mesa tosca de madeira das nossas florestas
damos graças a Deus
e partimos humildemente o nosso pão de cada dia...
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